Insensatez

Insensatez

Sentindo na garganta a paixão queimar
Fel que traz a cura e dá sustância
Tsunami de alento em abundância
Sinto que sou escravo do próprio amar.

Por vezes um rei sem meu reinado
Por horas cão, sem osso e dono
Ama sem carecer ser tampouco amado
Doa a alma velando seu doce sono.

Mas na inocência de uma criança
Vi-me protegido do mel ao favo
Por fim cobrindo-me o corpo de esperança.

E o fardo que carrego sem rezinga
A insensatez do meu ato, sangue que pinga
Fazem poças, sujam as mãos que já não lavo.

André Anlub



Um comentário:

  1. Magnifica insensatez André!
    Encerrando o poema com um verso de ouro.
    Bjsssss

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