Peitando a ignorância

Vamos peitar a santa ignorância
Fazendo aliança com o santo Aurélio
Criando rimas com enorme concordância
Limpas, como um céu de brigadeiro.

Vamos debochar dos garranchos
Inflar os podres egos, até estourarem
Rir da concupiscência de belas atrizes
Que encenam as loucuras em solos sagrados.

Não vamos duvidar de todos os enamorados
E os sorrisos congelados, devemos enumerar
Para quebrar o gelo, a foice do entusiasmo.
E dizer que é escárnio quando chegar o final.

Vamos levar a sério o que é dispensável
Pois o essencial, atualmente, é radioativo
No meio dessa guerra fria, assumir ser indolente
Pois se o mundo está doente, não é por mal.

André Anlub

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